Entenda como o aumento das taxas futuras de juros podem influenciar na expectativa de aumento da inflação e da Selic

Entenda como o aumento das taxas futuras de juros podem influenciar na expectativa de aumento da inflação e da Selic

Na segunda-feira (17) as taxas DIs fecharam em alta, isso reflete a piora das projeções de inflação no Focus e o persistente desconforto com a situação fiscal brasileira.

A taxa DI (Depósito Interfinanceiro) refletiu a política monetária no curtíssimo prazo para janeiro de 2025, isto é, ela estava em 10,695% ante 10,651% do ajuste anterior. Já para janeiro de 2026, a taxa DI estava em 11,28% ante 11,194% do ajuste anterior, para janeiro de 2027, a taxa DI estava em 11,595% ante 11,516%.

Enquanto isso, nos contratos mais longos a taxa para janeiro de 2031 estava em 12,08% ante 12,074%, e o contrato para janeiro de 2033 estava em 12,1% ante 12,106%.

Ainda pela manhã, o Banco Central informou que conforme o relatório Focus, a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2024, o que era para 3,90% subiu para 3,96% e em 2025 que seria para 3,78% foi para 3,80%. A projeção da Selic para o fim de 2024 estava prevista para 10,25% foi para 10,50%. Essas projeções, indicam que os economistas deixaram de esperar o corte de 25 pontos-base na taxa básica no atual ciclo.

O mal-estar em torno da situação fiscal brasileira continua, mesmo que nos últimos dias o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e membros do governo tenham sinalizado a intenção de cortar gastos.

Fernando Haddad, Ministro da Fazenda, declarou que as renúncias fiscais nas contas do governo federal chamaram a atenção do presidente Lula durante a reunião preparatória para elaboração do Orçamento do próximo ano.

 Já no exterior, os rendimentos do Treasuris subiram bastante após os fortes recuos, conforme visto na semana anterior, com os investidores consolidando posições antes das falas dos dirigentes do Federal Reserve.

No Brasil, a alta era mais clara entre as taxas dos contratos de curto prazo, em meio às apostas de que o Banco Central não irá cortar a taxa Selic, atualmente em 10,50%, o que foi confirmado na reunião do Copom que aconteceu entre os dias 18 e 19 de junho.